DA
PROSPERIDADE A CALAMIDADE: COMO A VENEZUELA CHEGOU A UM ESTADO CAÓTICO.
*Mauro
Ferreira é filósofo e professor[i]
A
ex - colônia espanhola antes uma terra de muitas disputas internas entre
índios, imigrantes e colonizadores e que só produzia bananas chegou ao século
XX como uma das maiores produtores de petróleo e prosperidade pra todo lado.
Foi
considerada nas décadas de 50 e 60 em plenos governos de militares que este
País menor que o Brasil chegou a ser uma
nação prospera e rica assumindo o primeiro lugar na América latina. Foi a época
em que abriu o mercado petrolífero do
país para os investimentos estrangeiros e para exploração das multinacionais.
Assim, a Venezuela vivenciou um substantivo crescimento econômico e rapidamente
se transformou em um dos países mais prósperos do nosso continente. Foi Pérez
Jiménez Militar que ainda estava na ativa
considerado “ditador” por seus adversários quem introduziu alguns
elementos de capitalismo de Estado na área econômica, como obras públicas pra
todos lados garantido farta prosperidade, empregos e um crescente envolvimento
do Estado em "indústrias estratégicas", como a siderurgia. Para os historiadores
venezuelanos foram 30 anos de prosperidade até o começo da queda.
Mas
como a Venezuela chegou ao estado calamitoso nos dias de hoje?
Antes
do regime de Chaves, a Venezuela já dava sinais de declínio. O atual colapso da
Venezuela não ocorreu da noite para o dia. Foi parte de um contínuo e
prolongado processo de decadência econômica e institucional, iniciado décadas
antes.
Os
principais economistas da Universidade de Caracas são unânimes a afirmar que
foi a partir do segundo governo de Rómulo Betancourt um comunista e
revolucionário marxista. Politicamente agia como um gramisciano em prol de uma
abordagem mais gradualista para a imposição do socialismo. Betancourt
acreditava em um papel totalmente ativo para o estado nas questões econômicas e
no estatismo.
Betancourt
fazia parte de uma geração de intelectuais e estudantes venezuelanos que tinham
o objetivo de nacionalizar e estatizar completamente todo o setor petrolífero
do país e então utilizar as receitas do petróleo para criar um generoso estado
de bem-estar social. Tais pessoas acreditavam firmemente que, para a Venezuela se
tornar um país genuinamente independente e se livrar da influência de
interesses estrangeiros, o governo deveria ter o total controle do setor
petrolífero.
Sob
esta premissa, Betancourt achava que o setor petrolífero estatizado iria
fornecer gasolina barata e garantir saúde e educação "gratuita" para
todos, além de uma enorme variedade de serviços públicos.
A
política intervencionista, estatista e socialista de Betancourt gerou logo de inicio: 1. A desvalorização da
moeda venezuelana, o (Bolívar); 2. Uma
reforma agrária que estimulava invasões e ocupações de terra, e que solapava os
direitos de propriedade dos donos de terras; 3. O aumento da carga tributária e
imposto de 36% na renda.
Consequentemente, o governo passou a ter déficits fiscais por causa de
seus crescentes e incontroláveis gastos com programas sociais.
Carlos
Andrés Pérez deu continuidade a política de Betancourt e estatizou todos os
setores petrolífero e outros de alta produção. A Venezuela se transformou em um
petroestado, no qual o conceito de "consentimento do governado" foi
completamente invertido. Pérez tiraria proveito deste confisco estatal para
financiar um pródigo estado assistencialista e toda uma cornucópia de programas
sociais que, de início, foram muito bem recebidos pela população. Como
resultado, déficits orçamentários gerados por gastos crescentes se tornaram a
norma e passaram a ser aceitos por toda a classe política. Nenhum político se
atrevia a vocalizar alguma oposição a esta prática.
E
a insatisfação da população com estes desarranjos econômicos e institucionais
como uma inflação de preços de 120% em 1997, culminou na eleição de Hugo Chávez
em 1999.
Hugo
Chávez advogava a doutrina bolivarianista, promovendo o que denominava de
socialismo do século XXI. Chávez foi também um crítico do neoliberalismo e da
política externa dos Estados Unidos. A ideia de Chaves era de que a Venezuela
seria prospera e auto suficiente.
A
“galinha de ovos de ouro” de Chaves, a Estatal Petroleira, caiu
vertiginosamente e em pouco tempo o preço do barril do óleo, foi de 100 dólares
para 33 dólares. O declínio do modelo socialista
bolivariano chavista de governo tornou-se evidente.
Hugo
Chaves muito doente morre em Caracas a 5
de março de 2013 e então o modelo socialista
chavista tornou-se ainda mais rígido no governo de Nicolás Maduro.
A
estatização dos principais setores da economia, como turismo, alimentação e
energia, trouxe a redução da produtividade que se agravou com a queda do preço
do petróleo, principal recurso para a compra de matéria-prima para as
indústrias governamentais e para a compra de produtos básicos.
Resultado:
é o que já sabemos!
Programa
de governo PT checado linha por linha prega à ditadura, nos moldes da Bolívia e
da Venezuela. Os detalhes são aterrorizantes.
1-
Se não passar alguma lei no congresso o governo fará um plebiscito aqui. Opa! O
"povo".
2-
Nova Constituinte aos moldes da Venezuela
3-
Ditadura da imprensa, quem falar mal do governo, acabou.
Ver
lá: https://lula.com.br/plano-de-governo-haddad-e-lula-baixe-aqui-as-propostas-para-trazer-o-pais-de-volta-para-o-futuro/
Pesquisa
Bibliográfica:
- Revista Veja - Publicado
em 18 jul 2017;
- https://www.dw.com/pt-br/o-auge-e-declínio-do-chavismo/a-18887728