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terça-feira, 25 de dezembro de 2018

DA PROSPERIDADE A CALAMIDADE: COMO A VENEZUELA CHEGOU A UM ESTADO CAÓTICO


DA PROSPERIDADE A CALAMIDADE: COMO A VENEZUELA CHEGOU A UM  ESTADO CAÓTICO.
*Mauro Ferreira é filósofo e professor[i]
A ex - colônia espanhola antes uma terra de muitas disputas internas entre índios, imigrantes e colonizadores e que só produzia bananas chegou ao século XX como uma das maiores produtores de petróleo e prosperidade pra todo lado.
Foi considerada nas décadas de 50 e 60 em plenos governos de militares que este País menor que o Brasil chegou a ser  uma nação prospera e rica assumindo o primeiro lugar na América latina. Foi a época em que  abriu o mercado petrolífero do país para os investimentos estrangeiros e para exploração das multinacionais. Assim, a Venezuela vivenciou um substantivo crescimento econômico e rapidamente se transformou em um dos países mais prósperos do nosso continente. Foi Pérez Jiménez Militar que ainda estava na ativa  considerado “ditador” por seus adversários quem introduziu alguns elementos de capitalismo de Estado na área econômica, como obras públicas pra todos lados garantido farta prosperidade, empregos e um crescente envolvimento do Estado em "indústrias estratégicas", como a siderurgia. Para os historiadores venezuelanos foram 30 anos de prosperidade até o começo da queda.
Mas como a Venezuela chegou ao estado calamitoso nos dias de hoje?
Antes do regime de Chaves, a Venezuela já dava sinais de declínio. O atual colapso da Venezuela não ocorreu da noite para o dia. Foi parte de um contínuo e prolongado processo de decadência econômica e institucional, iniciado décadas antes.
Os principais economistas da Universidade de Caracas são unânimes a afirmar que foi a partir do segundo governo de Rómulo Betancourt um comunista e revolucionário marxista. Politicamente agia como um gramisciano em prol de uma abordagem mais gradualista para a imposição do socialismo. Betancourt acreditava em um papel totalmente ativo para o estado nas questões econômicas e no estatismo.
Betancourt fazia parte de uma geração de intelectuais e estudantes venezuelanos que tinham o objetivo de nacionalizar e estatizar completamente todo o setor petrolífero do país e então utilizar as receitas do petróleo para criar um generoso estado de bem-estar social. Tais pessoas acreditavam firmemente que, para a Venezuela se tornar um país genuinamente independente e se livrar da influência de interesses estrangeiros, o governo deveria ter o total controle do setor petrolífero.
Sob esta premissa, Betancourt achava que o setor petrolífero estatizado iria fornecer gasolina barata e garantir saúde e educação "gratuita" para todos, além de uma enorme variedade de serviços públicos.
A política intervencionista, estatista e socialista de Betancourt  gerou logo de inicio: 1. A desvalorização da moeda venezuelana, o (Bolívar);  2. Uma reforma agrária que estimulava invasões e ocupações de terra, e que solapava os direitos de propriedade dos donos de terras; 3. O aumento da carga tributária e imposto de 36% na renda.  Consequentemente, o governo passou a ter déficits fiscais por causa de seus crescentes e incontroláveis gastos com programas sociais.
            Carlos Andrés Pérez deu continuidade a política de Betancourt e estatizou todos os setores petrolífero e outros de alta produção. A Venezuela se transformou em um petroestado, no qual o conceito de "consentimento do governado" foi completamente invertido. Pérez tiraria proveito deste confisco estatal para financiar um pródigo estado assistencialista e toda uma cornucópia de programas sociais que, de início, foram muito bem recebidos pela população. Como resultado, déficits orçamentários gerados por gastos crescentes se tornaram a norma e passaram a ser aceitos por toda a classe política. Nenhum político se atrevia a vocalizar alguma oposição a esta prática.
E a insatisfação da população com estes desarranjos econômicos e institucionais como uma inflação de preços de 120% em 1997, culminou na eleição de Hugo Chávez em 1999.
Hugo Chávez advogava a doutrina bolivarianista, promovendo o que denominava de socialismo do século XXI. Chávez foi também um crítico do neoliberalismo e da política externa dos Estados Unidos. A ideia de Chaves era de que a Venezuela seria prospera e auto suficiente.
A “galinha de ovos de ouro” de Chaves, a Estatal Petroleira, caiu vertiginosamente e em pouco tempo o preço do barril do óleo, foi de 100 dólares para 33 dólares.  O declínio do modelo socialista bolivariano chavista de governo tornou-se evidente.
Hugo Chaves muito doente morre em Caracas a  5 de março de 2013 e então  o modelo socialista chavista tornou-se ainda mais rígido no governo de Nicolás Maduro.
A estatização dos principais setores da economia, como turismo, alimentação e energia, trouxe a redução da produtividade que se agravou com a queda do preço do petróleo, principal recurso para a compra de matéria-prima para as indústrias governamentais e para a compra de produtos básicos.
Resultado: é o que já sabemos!
Programa de governo PT checado linha por linha prega à ditadura, nos moldes da Bolívia e da Venezuela. Os detalhes são aterrorizantes.
1- Se não passar alguma lei no congresso o governo fará um plebiscito aqui. Opa! O "povo".
2- Nova Constituinte aos moldes da Venezuela
3- Ditadura da imprensa, quem falar mal do governo, acabou.
Ver lá: https://lula.com.br/plano-de-governo-haddad-e-lula-baixe-aqui-as-propostas-para-trazer-o-pais-de-volta-para-o-futuro/
Pesquisa Bibliográfica:
- Revista Veja - Publicado em 18 jul 2017;
- https://www.dw.com/pt-br/o-auge-e-declínio-do-chavismo/a-18887728