CIRCULO FILOSÓFICO

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

CRÍTICA FILOSOFICA A ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA

A CRÍTICA FILOSOFICA A ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA Durante o século XX e agora no século XXI, várias correntes de pensamentos agiram ao mesmo tempo em conexão com a estética em todos seus sentidos . Embora a delimitação de tempo acerca da filosofia contemporânea sempre foi discutida nos meios acadêmicos, não se pode negar o próprio espírito da historia e sua conexão com a arte. A estética desde cedo fez parte da filosofia . Ademais, boa parte dos pensadores e filósofos, trabalha a filosofia contemporânea sob a perspectiva das produções culturais em que a arte é o seu substrato. A começar pela modernidade kantiana, temos ali dada as proporções os aspectos estéticos que iriam nortear a modernidade filosófica-artística, especialmente na sua obra intitulada: “Observações sobre o sentido do belo e do sublime”. Posteriormente com Adorno e Michel Foucault, a estética e sua conexão com a filosofia tomou corpo. O primeiro fazendo a crítica da impossibilidade do empírico ser arte, propondo que a arte é a própria expressão do sujeito com suas emoções. São aspectos da subjetividade. Portanto rompe com o conceito iluminista de arte e a própria concepção de sujeito iluminista. Michel Foucault avança ainda mais na temática criticista, e propõe teses diferentes da escolástica de Frankfurt. Em sua obra: “as estéticas da existência ou artes do viver” que é um dos núcleos centrais da sua reflexão propõe uma arte totalmente livre de preconceitos e dissociada da conceituação medieval e moderna. Tal temática para ele é de extrema importância mas que tem sido de alguma maneira secundarizada em relação as questões de poder, da biopolitica, da governamentalidade no mundo contemporâneo. Em outro trabalho: “As palavras e as coisas”, filosofia e arte podem ser consideradas como temas correlatos. Neste trabalho, Foucault procura mostrar a conjugação de filosofia e arte na arqueologia da existência humana. As palavras e as coisas, do filósofo Michel Foucault, abre uma crítica acerca da existência e o sujeito. Embora o livro mesmo não sendo uma obra especificamente sobre a literatura e a pintura, seguramente se apóia nesses “dois mistérios” quando se debruça sobre dois de seus principais focos de interesse, “o homem e sua obra” figura do homem é historicamente marcada, ao contrário do que podemos dizer do humano. Neste contexto, Foucault também localiza a emergência da noção moderna de sujeito. As ciências humanas constroem concepções particulares da natureza humana, que são então usadas como base das teorias sobre como os indivíduos e a sociedade devem funcionar. Ele inicia seu livro com a descrição crítica e histórica da arte no século XVII. O que Michel Foucault vai procurar fazer para responder à questão da representação e conformação de saberes é estabelecer a possibilidade de multiplicidade da construção da realidade. Nesta construção, a arte tem papel preponderante, pois nela o sujeito expressa sua subjetividade e a sua relação com o mundo a despeito da estética positivista e iluministas dos séculos passados. Caracterizou a sua obra como uma história e filosofia do presente no espírito de Hegel, Marx e Nietzsche, isto é, uma reflexão histórica sobre como pensamos e agimos e como o fazemos. A sua preocupação com o presente é crítica. Assim, Foucault quer promover algo para o qual não se pode dar prescrições, o trabalho criativo da liberdade. Neste sentido a arte moderna deve expressar este conteúdo. NOTAS:Para uma pesquisa mais abrangente sobre a temática indica-se: ADORNO, Theodor. Indústria cultural e sociedade. Paz e Terra, 2009 (5ª edição). ____. e HORKHEIMER Max. “A indústria cultural” em: SILVA L (Org) Teoria da cultura de massa. Paz e Terra, São Paulo, 1982. ANDREW, Dudley. As principais teorías do cinema. Uma introdução. Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2002. AUMONT, Jacques. A imagem. Papirus, Campinas, 2001 (5ª edição). AUMONT, Jacques. As teorías dos cineastas. Papirus, Campinas, 2004. BENJAMIN, Walter. “A obra de arte na época da sua reprodutibilidade técnica” em: Magia e técnica. Arte e política. Ensaios sobre literatura e história da cultura. Brasiliense, São Paulo, 1994. BERGSON, Henri. A evolução criadora. Martins Fontes, SP, 2005. ____. Matéria e memória. Martins Fontes, 2006 (3ª edição). BRESSON, Robert. Notas sobre o cinematógrafo. Iluminuras, SP, 2005. LUKÁCS, Georg. Estética. Grijalbo, Barcelona, 1965. 4 volumes. SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Editora Unesp, São Paulo, 2005. Aristóteles. Poética. São Paulo. Ed. Ars Poética. 1993. Burke, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo. Campinas: Papirus, 1993. Hegel, G. W. Cursos de Estética. São Paulo: Edusp, 2001/06. 4 vols. Hegel, George W. F. Curso de estética: o belo na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996. Jimenez, Marc. Estética, o que é estética. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999. Kant, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993. Osborne, Harold. Estética e teoria da arte. São Paulo: Cultrix, 1993. Suassuna, Ariano. Iniciação á Estética. Rio de Janeiro. Ed. José Olympio, 2004. Osborne, Harold. Estética e teoria da arte. São Paulo: Cultrix, 1993. Suassuna, Ariano. Iniciação á Estética. Rio de Janeiro. Ed. José Olympio, 2004 Para uma pesquisa mais abrangente, ver: CARMO, D'Orey. O Que é a Arte? A Perspectiva nalítica, org. e Carmo D'Orey Tradução de Vítor Silva e Desidério Murcho, Revisão da tradução de Maria José Figueiredo Lisboa: Dina Livro, Abril de 2007. DABNEY, Townsend. Introdução à Estética, Lisboa: Edições 70, 2002. DICKIE, George. Introdução à Estética, Tradução de Vítor Guerreiro Revisão científica de Desidério Murcho Lisboa: Bizâncio, 2008. GRAHAM, Gordon Filosofia das Artes: introdução à estética, de Tradução de Carlos Leone Edições 70, 2001.

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